quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

I ❤ Clarice Lispector


Uma pequena coletania das minhas preferidas da genia querida!
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar.

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque. No momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto. Como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca.

E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.

A verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.

Um amigo me chamou para cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso e fui.

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