quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A Essência da Poesia

Não aprendi nos livros qualquer receita para a composição de um poema; e não deixarei impresso, por meu turno, nem sequer um conselho, modo ou estilo para que os novos poetas recebam de mim alguma gota de suposta sabedoria. Se narrei neste discurso alguns sucessos do passado, se revivi um nunca esquecido relato nesta ocasião e neste lugar tão diferentes do sucedido, é porque durante a minha vida encontrei sempre em alguma parte a asseveração necessária, a fórmula que me aguardava, não para se endurecer nas minhas palavras, mas para me explicar a mim próprio. 
Encontrei, naquela longa jornada, as doses necessárias para a formação do poema. Ali me foram dadas as contribuições da terra e da alma. E penso que a poesia é uma ação passageira ou solene em que entram em doses medidas a solidão e solidariedade, o sentimento e a ação, a intimidade da própria pessoa, a intimidade do homem e a revelação secreta da Natureza. E penso com não menor fé que tudo se apoia - o homem e a sua sombra, o homem e a sua atitude, o homem e a sua poesia - numa comunidade cada vez mais extensa, num exercício que integrará para sempre em nós a realidade e os sonhos, pois assim os une e confunde.
E digo igualmente que não sei, depois de tantos anos, se aquelas lições que recebi ao cruzar um rio vertiginoso, ao dançar em torno do crânio de uma vaca, ao banhar os pés na água purificadora das mais elevadas regiões, digo que não sei se aquilo saía de mim mesmo para se comunicar depois a muitos outros seres ou era a mensagem que os outros homens me enviavam como exigência ou embrazamento. Não sei se aquilo o vivi ou escrevi, não sei se foram verdade ou poesia, transição ou eternidade, os versos que experimentei naquele momento, as experiências que cantei mais tarde. 
De tudo aquilo, amigos, surge um ensinamento que o poeta deve aprender dos outros homens. Não há solidão inexpugnável. Todos os caminhos conduzem ao mesmo ponto: à comunicação do que somos. E é necessário atravessar a solidão e aspereza, a incomunicação e o silêncio para chegar ao recinto mágico em que podemos dançar com hesitação ou cantar com melancolia, mas nessa dança ou nessa canção acham-se consumados os mais antigos ritos da consciência; da consciência de serem homens e de acreditarem num destino comum. 

Pablo Neruda, in "Nasci para Nascer" (Discurso na entrega do Prémio Nobel)

Luminária pet

 Luminária gracinha da Perua shop. Eu quero!!!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Evoluir

"Nós não somos a somatória dos nossos condicionamentos. Como dizia Freud: Nós somos o que repetidamente fazemos. Mas, além disto, nós podemos ficar livres dos nossos apegos, desde que tenhamos consciência do que desapegar. Desapegar de sentimentos, comportamentos, doenças... Sofremos por não ter coragem de abrir mão e deixar ir o que não nos serve mais. Quando nos tornamos CONSCIENTES de alguma coisa, passamos a dominá-la. No momento em que compreendemos, aprendemos e evoluímos."

Porta retrato iPhone

Porta retrato iPhone. É da Mo chuishle. Eu quero!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Receitinha

Miniatura violão

Domingo foi dia dos pais, dei para meu maridinho essa miniatura de violão coisa mais graciosa desse mundo com um cartão camisa de origami. As miniaturas são daquelas promoções de banca de jornal. Adorei! Vão ter outros vários instrumentos lindinhos.