A vontade é de abrir a pele e sair do corpo para ver se me livro da dor.
O conto de fadas durou quase meia dúzia de anos mas a dona realidade veio com todo fervor destruir meu castelo na areia e matar a imagem do meu utópico príncepe perfeito, único, meu...
Não imaginei que pudesse doer tanto assim, achei que estava calejada. Achei que a armadura que eu vestia fosse capaz de me proteger, de não me derrubar.
Fiz tudo diferente, dei espaço, dei liberdade, dei tudo de mim, dei o melhor de mim, me doei por inteira, sem metades, sem pudor, sem frescura. Desisti de mim, me coloquei de lado, me coloquei para trás, me anulei, me guardei para depois. Vivi intensamente para o bem do conjunto. Lidei diariamente com meu eu voraz tentando me sabotar, me fazer egoista, viver...
Uma hora eu volto! Não sei quando, primeiro preciso juntar os cacos, encontrar o chão pois não o tenho mais sob meus pés, na verdade nem sei onde estão meus pés.
Vou me erguer, esticar a espinha, estufar o peito, levantar a cabeça e em algum momento volto.
Adestrar minha minha mente para que tudo volte para o lugar, para que encontre o lugar.
Encontrar a auto estima massacrada. Parar de culpar-me pelo que não depende de mim.
Desligando para recarregar, para me encontrar.
Em manutenção!
“Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te”
Nenhum comentário:
Postar um comentário